Dando continuidade à nossa
análise dos shows já confirmados para o Rock In Rio, seguimos agora com as
atrações dos dias 03 e 06 de outubro, também dedicados (ao menos em parte) ao
rock.
Dia 03/10
RED HOT CHILI PEPPERS
Muita gente reclamou que não
aguenta mais o quarteto californiano no festival, mas muita gente se esquece de
que os Chili Peppers ainda conseguem arrastar multidões para os seus shows – e
o retorno comercial é o fator mais esperado pelos realizadores de grandes
eventos. Polêmicas à parte, os shows do grupo não costumam ter um setlist fixo,
então o que podemos esperar é que seja apresentado algo dos últimos trabalhos
(o mais recente, “The Getaway”, é de 2016) mesclado com hits (“Dani
California”, “Can’t Stop”) e clássicos obrigatórios (“Give It Away”, “Under The
Bridge”, “Californication”). O bacana é que sempre tem pintado alguma coisa de
“One Hot Minute”, o único álbum gravado com Dave Navarro nas guitarras.
PANIC! AT THE DISCO
Outra atração inédita no
festival, o grupo de Las Vegas traz ao Rock In Rio sua mistura de rock
alternativo, pop e eletrônico em meio à turnê de “Pray For The Wicked”, seu
mais novo disco, lançado ano passado. Por isso, o esperado é que toquem
bastante material novo, como “(Fuck A) Silver Lining”, que tem aberto as
apresentações nesta tour, “Say Amen
(Saturday Night)”, “Hey Look Ma, I Made It” e “High Hopes”, revezando com os
maiores sucessos como “I Write Sins Not Tragedies” e “Emperors New Clothes”.
NILE RODGERS & CHIC
O lendário guitarrista e produtor
Nile Rodgers deve colocar a plateia pra dançar ao som dos clássicos disco de
seu Chic. Pode esperar por “Le Freak”, “Everybody Dance”, “Good Times” e,
ainda, uma homenagem a David Bowie com “Let’s Dance”, faixa título do álbum do
Camaleão que foi co-produzido por ele.
CAPITAL INICIAL
O Capital é o tipo de banda que
muitos torcem o nariz por ser “arroz de festa”, mas que tem hits e energia
suficientes pra agitar qualquer plateia, não tenha dúvida. Com o tempo
reduzido, pode ser que surja alguma canção mais recente para divulgar o último
trabalho (“Sonora”, lançado ano passado). Mas com certeza o set deve
privilegiar suas músicas mais conhecidas. Alguém duvida que vai rolar “Música
Urbana”, “Independência”, “Primeiros Erros” (regravação de Kiko Zambianchi), “À
Sua Maneira” (regravação do Soda Stereo) ou “Natasha”?
Dia 06/10
MUSE
O Muse definitivamente tem um dos
shows mais espetaculares da atualidade. Seja pela impressionante estrutura de
palco, maior a cada turnê, seja pela energia que o trio despeja quando está no
palco. Basta lembrar que sua apresentação no mesmo Rock In Rio em 2013 foi
festejada por muitos como a melhor performance daquela edição. Se a sonoridade
do último álbum “Simulation Theory” (2018) pende mais para o pop eletrônico e
tenha desapontado os fãs mais antigos, não há dúvidas que a expectativa pela
apresentação seja grande, pois em meio às músicas novas não devem faltar
“Knights Of Cydonia”, “Starlight”, “Plug In Baby”, “Time Is Running Out”, “Hysteria”...
Resta apenas saber o quanto do aparato tecnológico deve vir para o Brasil,
tendo em vista que o palco do festival não deve comportar ou ser adaptado para
tudo o que a banda tem apresentado lá fora...
IMAGINE DRAGONS
O pop rock multi-premiado do Imagine
Dragons a essa altura já é um velho conhecido do público brasileiro, principalmente
entre os mais jovens, mas a banda nunca tocou no festival. Portanto o público
mais conservador não precisa se assustar ao ver a plateia cantando junto a
plenos pulmões temas como “Believer”, “On The Top Of The World”, “Gold” ou
“Whatever It Takes”... Lembrando que é outra banda que está em turnê de
divulgação de um álbum novinho em folha, “Origins”, lançado no final do ano
passado. Se você estiver se achando um peixe fora d’água, saiba que a fila
anda...
NICKELBACK
Os canadenses da banda que muita
gente “ama odiar” voltam ao Rock In Rio também depois de 6 anos (assim como o
Muse, estreou no festival em 2013). Se muitos torcem o nariz, o número de quem
gosta é maior ainda, e os shows do quarteto costumam ser também bastante
enérgicos. O repertório deve privilegiar seus maiores hits como “Photograph”,
“How You Remind Me” e “Too Bad”, dado o tempo reduzido da apresentação, mas com
certeza deve rolar alguma coisa de “Feed The Machine”, último álbum lançado em
2017.
OS PARALAMAS DO SUCESSO
Ah, os Paralamas... Guerreiros do
pop rock nacional! Mereciam uma posição de maior destaque no festival, dada sua
história e importância no cenário musical brasileiro, mesmo que fosse no palco
Sunset, mas cabe a eles mais uma vez fazer a abertura de uma noite onde eles
não têm nada a ver com o restante do elenco – vale lembrar que em 1985 foi
assim e os então garotos foram das poucas atrações nacionais que roubaram a
cena e arrancaram aplausos do público. O set reduzido também deve dar ênfase
nos maiores clássicos do trio: “Alagados”, “Meu Erro”, “Óculos”, “Selvagem”,
“Uma Brasileira”...
KING CRIMSON
Falamos sobre o King Crimson em
um post especial (veja neste link). E mais uma vez: que o público tenha o devido
respeito com uma das maiores instituições do rock progressivo na história...
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