Rock In Rio 2019 – O que esperar? (parte 3)




Dando continuidade à nossa análise dos shows já confirmados para o Rock In Rio, seguimos agora com as atrações dos dias 03 e 06 de outubro, também dedicados (ao menos em parte) ao rock.

Dia 03/10
 

RED HOT CHILI PEPPERS




Muita gente reclamou que não aguenta mais o quarteto californiano no festival, mas muita gente se esquece de que os Chili Peppers ainda conseguem arrastar multidões para os seus shows – e o retorno comercial é o fator mais esperado pelos realizadores de grandes eventos. Polêmicas à parte, os shows do grupo não costumam ter um setlist fixo, então o que podemos esperar é que seja apresentado algo dos últimos trabalhos (o mais recente, “The Getaway”, é de 2016) mesclado com hits (“Dani California”, “Can’t Stop”) e clássicos obrigatórios (“Give It Away”, “Under The Bridge”, “Californication”). O bacana é que sempre tem pintado alguma coisa de “One Hot Minute”, o único álbum gravado com Dave Navarro nas guitarras.

PANIC! AT THE DISCO




Outra atração inédita no festival, o grupo de Las Vegas traz ao Rock In Rio sua mistura de rock alternativo, pop e eletrônico em meio à turnê de “Pray For The Wicked”, seu mais novo disco, lançado ano passado. Por isso, o esperado é que toquem bastante material novo, como “(Fuck A) Silver Lining”, que tem aberto as apresentações nesta tour,  “Say Amen (Saturday Night)”, “Hey Look Ma, I Made It” e “High Hopes”, revezando com os maiores sucessos como “I Write Sins Not Tragedies” e “Emperors New Clothes”.

NILE RODGERS & CHIC




O lendário guitarrista e produtor Nile Rodgers deve colocar a plateia pra dançar ao som dos clássicos disco de seu Chic. Pode esperar por “Le Freak”, “Everybody Dance”, “Good Times” e, ainda, uma homenagem a David Bowie com “Let’s Dance”, faixa título do álbum do Camaleão que foi co-produzido por ele.

CAPITAL INICIAL




O Capital é o tipo de banda que muitos torcem o nariz por ser “arroz de festa”, mas que tem hits e energia suficientes pra agitar qualquer plateia, não tenha dúvida. Com o tempo reduzido, pode ser que surja alguma canção mais recente para divulgar o último trabalho (“Sonora”, lançado ano passado). Mas com certeza o set deve privilegiar suas músicas mais conhecidas. Alguém duvida que vai rolar “Música Urbana”, “Independência”, “Primeiros Erros” (regravação de Kiko Zambianchi), “À Sua Maneira” (regravação do Soda Stereo) ou “Natasha”?


Dia 06/10


 MUSE




O Muse definitivamente tem um dos shows mais espetaculares da atualidade. Seja pela impressionante estrutura de palco, maior a cada turnê, seja pela energia que o trio despeja quando está no palco. Basta lembrar que sua apresentação no mesmo Rock In Rio em 2013 foi festejada por muitos como a melhor performance daquela edição. Se a sonoridade do último álbum “Simulation Theory” (2018) pende mais para o pop eletrônico e tenha desapontado os fãs mais antigos, não há dúvidas que a expectativa pela apresentação seja grande, pois em meio às músicas novas não devem faltar “Knights Of Cydonia”, “Starlight”, “Plug In Baby”, “Time Is Running Out”, “Hysteria”... Resta apenas saber o quanto do aparato tecnológico deve vir para o Brasil, tendo em vista que o palco do festival não deve comportar ou ser adaptado para tudo o que a banda tem apresentado lá fora...

IMAGINE DRAGONS




O pop rock multi-premiado do Imagine Dragons a essa altura já é um velho conhecido do público brasileiro, principalmente entre os mais jovens, mas a banda nunca tocou no festival. Portanto o público mais conservador não precisa se assustar ao ver a plateia cantando junto a plenos pulmões temas como “Believer”, “On The Top Of The World”, “Gold” ou “Whatever It Takes”... Lembrando que é outra banda que está em turnê de divulgação de um álbum novinho em folha, “Origins”, lançado no final do ano passado. Se você estiver se achando um peixe fora d’água, saiba que a fila anda...

NICKELBACK




Os canadenses da banda que muita gente “ama odiar” voltam ao Rock In Rio também depois de 6 anos (assim como o Muse, estreou no festival em 2013). Se muitos torcem o nariz, o número de quem gosta é maior ainda, e os shows do quarteto costumam ser também bastante enérgicos. O repertório deve privilegiar seus maiores hits como “Photograph”, “How You Remind Me” e “Too Bad”, dado o tempo reduzido da apresentação, mas com certeza deve rolar alguma coisa de “Feed The Machine”, último álbum lançado em 2017.

OS PARALAMAS DO SUCESSO




Ah, os Paralamas... Guerreiros do pop rock nacional! Mereciam uma posição de maior destaque no festival, dada sua história e importância no cenário musical brasileiro, mesmo que fosse no palco Sunset, mas cabe a eles mais uma vez fazer a abertura de uma noite onde eles não têm nada a ver com o restante do elenco – vale lembrar que em 1985 foi assim e os então garotos foram das poucas atrações nacionais que roubaram a cena e arrancaram aplausos do público. O set reduzido também deve dar ênfase nos maiores clássicos do trio: “Alagados”, “Meu Erro”, “Óculos”, “Selvagem”, “Uma Brasileira”...

KING CRIMSON




Falamos sobre o King Crimson em um post especial (veja neste link). E mais uma vez: que o público tenha o devido respeito com uma das maiores instituições do rock progressivo na história...

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