10 cinebiografias que você precisa conferir




Não duvide: as cinebiografias de músicos (em especial do rock) chegaram para ficar, e têm tudo para virar um filão extremamente rentável nos cinemas, a exemplo do que ocorreu com os filmes de heróis. O gênero custou um pouco a ser descoberto pelas grandes produtoras, haja vista que a cultura nerd anda dominando o cinema, mas depois do sucesso nas bilheterias de “Bohemian Rhapsody”, o premiado filme biografia do Queen, e do alvoroço causado por “The Dirt”, filme da Netflix que traz a história do Mötley Crüe, já aguardamos ansiosamente os próximos lançamentos: já teremos bem em breve “Rocket Man”, que trará a história de Elton John, assim como já há projetos iniciados sobre Elvis Presley, Sex Pistols e David Bowie (este, até onde foi divulgado, sem a autorização da família do saudoso Camaleão). E enquanto eles não chegam, que tal revermos 10 filmes do gênero que antecederam este momento? Vamos lá?

SID & NANCY – O AMOR MATA (Sid & Nancy, 1986) – SID VICIOUS




O filme de Alex Cox retrata a trajetória de Sid Vicious, baixista da banda punk (interpretado pelo sempre fantástico Gary Oldman), e seu envolvimento com a namorada Nancy Spungen (Chloe Webb). O vício de ambos em heroína e seu relacionamento intenso levaram Sid a ser o principal suspeito da morte da namorada, que o levaria à prisão. Após pagar fiança, Sid morre pouco tempo depois de overdose, aos 21 anos.

LA BAMBA (La Bamba, 1987) – Richie Valens




Richie Valens foi um dos três cantores que morreram no acidente aéreo em 1957 (junto a Buddy Holly e The Big Bopper), fato que levou aquele dia 3 de fevereiro ficar conhecido como “o dia em que a música morreu”. Valens (interpretado por Lou Diamond Phillips) tinha apenas 17 anos, e o filme mostra como sua ascensão meteórica ocorreu, graças a uma canção que compôs para uma colega de colégio por quem se apaixonou (“Donna”) e à regravação de uma canção típica mexicana, que dá nome ao filme. Mostra também sua origem humilde, seus problemas familiares, e o preconceito sofrido que lhe impediu de namorar oficialmente Donna Ludwig.

A FERA DO ROCK (Great Balls Of Fire, 1989) – JERRY LEE LEWIS




A biografia de um dos pioneiros do rock foi dirigida por Jim McBride e trouxe um caricato Dennis Quaid no papel de Jerry Lee Lewis. Sua interpretação exagerada porém não chega a atrapalhar o filme, que acompanha sua escalada ao sucesso, seu problema com a bebida, a relação tumultuada com o primo Jimmy Swaggart (Alec Baldwin), que viria a ser um dos mais famosos pregadores televisivos dos EUA, e o controverso casamento com a prima de 13 anos (interpretada por Winona Ryder), que acabou lhe custando todo o sucesso obtido, após passar a ser execrado pelo público e taxado de pedófilo.

THE DOORS (The Doors, 1991)




Talvez um dos melhores filmes biográficos já feitos (não só musicais, mas em geral). Fruto da direção do grande Oliver Stone e da interpretação magnífica de Val Kilmer (que chegou efetivamente a cantar em várias cenas, e não apenas dublar). Como o título demonstra, conta a história da banda, principalmente da figura pra lá de controversa de Jim Morrison, os bastidores do sucesso do grupo, o relacionamento de Jim com Pamela Courson (Meg Ryan), seus escândalos e a morte do cantor, em 1971. Se desta lista você puder escolher apenas um, esse é o filme!

BACKBEAT – OS CINCO RAPAZES DE LIVERPOOL (Backbeat, 1994) – STUART SUTCLIFFE




Sim, o filme é sobre os Beatles. Mais especificamente sobre a fase antes da fama dos Beatles, quando decolaram sua carreira em Hamburgo, na Alemanha, virando uma banda favorita local. Mas não é propriamente uma biografia dos Beatles. O filme foca essencialmente em Stuart Sutcliffe (Stephen Dorff), ex-baixista do grupo (na época Paul McCartney tocava guitarra), sua relação com o grupo, seu envolvimento com a fotógrafa alemã Astrid Kirchherr (Sheryl Lee) e seu dilema entre permanecer no grupo ou se dedicar à pintura, sua real paixão. Belíssimo filme, com uma ótima trilha sonora, onde as canções tocadas pelos Beatles foram recriadas por um time que reúne Dave Pirner (Soul Asylum), Dave Grohl (Foo Fighters, Nirvana), Mike Mills (R.E.M.), entre outros...

HYSTERIA – A HISTÓRIA DO DEF LEPPARD (Hysteria – The Def Leppard Story, 2001)




O filme produzido pelo canal de TV norte americano VH1 padece um pouco de recursos (não teve um orçamento milionário como as produções cinematográficas) e também deixa a desejar um pouco nas atuações do elenco, mas de um modo geral conta muito bem a trajetória do Def Leppard desde seu início até o auge do sucesso, com o lançamento do álbum que dá nome ao filme. Aborda a ascensão meteórica do grupo, a demissão do guitarrista Pete Willis e sua substituição por Phil Collen (interpretado por Esteban Powell), a situação delicada do acidente que amputou o braço do baterista Rick Allen (Tat Whalley), a luta do guitarrista Steve Clark (Karl Geary) contra o alcoolismo... Vale a pena conferir!

CAZUZA – O TEMPO NÃO PARA (2004)




“Cazuza” é um bom filme, mas irregular: recria com muitos detalhes as cenas ao vivo do Barão Vermelho e da carreira solo do cantor, traz uma atuação magistral de Daniel de Oliveira e do elenco todo de forma geral, mas parece que falta um pouco mais de substância pra virar um filmão. De qualquer forma, merece ser conferido sem dúvidas... E vale lembrar que Daniel também cantou de verdade em várias cenas do filme...

O GAROTO DE LIVERPOOL (Nowhere Boy, 2009) – JOHN LENNON




Mais um filme dos Beatles? Sim... e não... Na verdade, “Nowhere Boy” foca na história de John Lennon (Aaron Johnson), mais precisamente em sua juventude, antes da fama. Na sua traumática história de separação dos pais ainda pequeno, sua criação pela rigorosa tia Mimi (Kristin Scott Thomas, sempre brilhante), a retomada do relacionamento com a mãe Julia (Anne-Marie Duff) e o envolvimento de John com a música, o encontro com Paul McCartney (Thomas Sangster) e George Harrison (Sam Bell) e a formação do grupo The Quarrymen, que viria a se tornar os Beatles. Obrigatório para os fãs e uma ótima pedida também para quem não se liga tanto na história dos Fab Four.

SOMOS TÃO JOVENS (2013) – RENATO RUSSO




Renato Russo tem contada aqui sua história contada antes do sucesso da Legião Urbana. Narra desde a sua mudança do Rio de Janeiro para Brasília em 1973, seu problema grave de saúde (epifisiólise, uma rara doença óssea) que o deixou confinado por um bom tempo, o que o levou a escrever poesias e se envolver profundamente com a música, até a formação das bandas Aborto Elétrico e a Legião. Fez sucesso nas bilheterias, mas ficou um pouco aquém do retorno esperado pela produção, haja vista tratar da história de um dos maiores ícones do rock nacional.

THE RUNAWAYS – AS GAROTAS DO ROCK (The Runaways, 2014)




O longa de Floria Sigismondi (uma das mais requisitadas diretoras de video clipes) recria muito bem a história da primeira grande banda de sucesso totalmente feminina no rock, as Runaways, fruto de uma ideia concebida pela guitarrista Joan Jett (Kristen Stewart, da saga “Crepúsculo”), ideia esta que foi “comprada” pelo controverso produtor e compositor Kim Fowley, que a apresenta à baterista Sandy West (Stella Maeve). Paralela à formação do grupo, é apresentada brevemente a história da vocalista Cherie Currie (Dakota Fanning), até sua entrada no grupo. O filme passa brevemente por todos os momentos chaves da rápida e intensa história do grupo, que durou pouco mais de três anos, e termina com Joan se lançando em sua bem sucedida carreira solo. Programão!


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