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Grandes designers do rock: Hugh Syme



Dando continuidade no resgate dos grandes artistas visuais que nos agraciaram com grandes projetos gráficos para capas de grandes nomes do rock, desta vez vamos falar sobre o canadense Hugh Syme.



Se o trabalho de Storm Thorgerson (de quem falamos anteriormente) acompanhou quase toda a discografia do Pink Floyd, no caso de Hugh Syme podemos dizer que a sua carreira se confunde com a do Rush. Syme foi responsável por todas as capas de discos do trio canadense desde “Caress Of Steel”, de 1975. A proximidade e a intimidade com eles é tão grande que ele chegou a participar como tecladista em algumas faixas do grupo: é dele a famosa introdução feita nos sintetizadores na clássica “2112”, assim como o piano de “Different Strings” (do álbum “Permanent Waves”) e alguns teclados em “Witch Hunt” (de “Moving Pictures”).



Aliás, seu trabalho com o Rush também lhe rendeu diversas indicações e algumas vitórias do prêmios Juno (prêmio mais famoso da música no Canadá): Syme ganhou o prêmio pelas capas de “Moving Pictures”, “Power Windows”, “Presto” e “Roll The Bones”, além de levar também pelo álbum “Levity” do cantor Ian Thomas. Ainda sobre sua parceria com o Rush, Syme revelou em uma entrevista em 1983 que jamais imaginaria que a banda utilizaria seu logotipo do homem estelar (“Starman Logo”) de “2112”, algo que o deixou surpreso.



Outros trabalhos notáveis do artista são as capas feitas para o Whitesnake (“Whitesnake” e “Slip Of The Tongue”), Megadeth (“Countdown to Extinction”, “Youthanasia” e “Cryptic Writings”), Dream Theater (“Octavarium”, “Systematic Chaos” e “Dream Theater”) Bon Jovi (“New Jersey”), Fates Warning (“Perfect Symmetry”, “Parallels” e “Inside Out”), Slaughter (“Stick It To Ya”), Warrant (“Cherry Pie”), Kiss (“Revenge”), Aerosmith (“Get a Grip”), Def Leppard (“Retro Active”), Queensrÿche (“Promised Land” e “Hear In The New Frontier”), Iron Maiden (“The X Factor”), Alice Cooper (“A Fistful of Alice”) e Flying Colors (“Second Nature”), além de muitos outros...




Syme estudou artes na New School of Art, de Toronto e na Universidade de York, na Inglaterra. Além das capas de álbuns que o fizeram famoso, ele também criou as capas dos livros escritos por Neil Peart (“Masked Rider” e “Ghost Rider”), e atua também em peças publicitárias, já tendo prestado serviços para empresas como Xerox, Virgin, Panasonic, Geffen, Universal Studios, Microsoft, Sony, Disney, Warner e muitas outras mais, confirmando que seu trabalho diferenciado continua reconhecido nas mais diversas áreas...

Seguem algumas das capas extraordinárias criadas por ele:














Rock In Rio 2019 – O que esperar? (parte 2)



Nesta semana o Rock In Rio praticamente fechou todas as principais atrações da edição deste ano. A escalação de todos os dias para o Palco Mundo está completa e todas as principais atrações do Palco Sunset também. Vamos analisar aqui as duas noites dedicadas ao rock na primeira semana de festival, os dias 28 e 29 de setembro.

Dia 28/09


FOO FIGHTERS




Grande atração que fecha a primeira noite roqueira do festival, o Foo Fighters volta ao Rock In Rio após um longo hiato (haviam se apresentado apenas na terceira edição, em 2001). E o show de Dave Grohl e cia. é uma verdadeira maratona: costuma durar mais de duas horas e meia, com um repertório que abrange não só toda a discografia da banda, mas também como algumas covers de artistas bem diversos. Haja energia! Canções que não devem faltar são os seus maiores sucessos: “Learn To Fly”, “My Hero”, “All My Life”, “Everlong”...

WEEZER




Atração inédita no festival, o Weezer pegou todo mundo de surpresa no começo deste ano ao lançar um álbum de covers (o “Teal Album”), e derreteu corações oitentistas com o belo vídeo clipe de “Take On Me”, do A-Ha. Além disso, há um disco novo de inéditas fresquinho, saindo do forno neste mês, apelidado de “Black Album” – para quem não conhece, o grupo costuma lançar alguns discos apenas com o nome da banda, e eles ganham apelidos de acordo com suas capas. Portanto, o setlist deve trazer faixas destes dois lançamentos e mesclar com seus sucessos mais antigos, principalmente as obrigatórias “Buddy Holly” e “Say It Ain’t So”.

TENACIOUS D




A dupla criada pelos atores e roqueiros Jack Black e Kyle Glass foi formada no final da década de 1990, e ganhou tanto sucesso nas suas apresentações em clubes de comédia que a HBO os contratou para uma série. Em 2001 lançaram seu primeiro álbum, que ganhou disco de platina nos EUA e em 2006 seu filme chegou aos cinemas. Como se não bastasse, a banda ainda ganhou um Grammy com o álbum Rize of the Fenix (2013) e outro com a cover do saudoso Dio, “The Last In Line”, em 2015. Sua última tour costumava dividir o show em duas partes: na primeira, apresentando somente canções de seu disco mais recente (“Post-Apocalypto”, de 2018) e na segunda metade músicas dos demais álbuns. Como o set será mais curto no festival, vejamos quais serão as supresas...

CPM 22 + RAIMUNDOS




Abrindo a noite no Palco Mundo, a dobradinha brasileira com duas bandas com muita história na bagagem. Ambas contam com mais de 20 anos de carreira, e o Raimundos em especial está comemorando os 25 anos de seu primeiro álbum. Com certeza ambas irão privilegiar seus maiores sucessos para ganhar o público logo de cara. E aí tome “Mulher de Fases”, “Eu Quero Ver o Oco”, “Regina Let’s Go”, “Dias Atrás”...

WHITESNAKE




A controversa escalação dos veteranos do Whitesnake para esta noite não se resume ao fato de estar tocando no Palco Sunset, ao invés de estar no principal. Há também o fato de estar se apresentando para um público diverso do seu – todos concordam que faria muito mais sentido na mesma noite de Bon Jovi ou na noite do Metal? Bom, críticas a parte, David Coverdale e seu grupo voltarão ao Rock In Rio depois de décadas (vieram na primeira edição, em 1985) com um álbum novo debaixo do braço (“Flesh and Blood”, que deve sair em maio) e muitos hits como “Here I Go Again”, “Still Of The Night”, “Is This Love”, “Love Ain’t No Stranger”... Pena que a banda não costume tocar muita coisa de seus primeiros anos. Por fim, resta saber como estará a voz de Mr. Coverdale, que vem acompanhado de um time de músicos de alto calibre (atenção especial ao veterano baterista Tommy Aldridge, uma máquina humana!).

Dia 29/09


BON JOVI




Sem lançar um novo álbum há 3 anos (“This House Is Not For Sale” saiu em 2016), o Bon Jovi deve repetir a velha fórmula que todos os fãs adoram: um show de mais de duas horas de duração com muitos sucessos dos mais de 30 anos do grupo. E com certeza vai ter fã chorando, subindo ao palco, Jon arrancando suspiros... E muita gente reclamando pela ausência do guitarrista Richie Sambora... No repertório? Um desfile de hits: “Wanted Dead Or Alive”, “Livin’ On a Prayer”, “You Give Love a Bad Name”, “It’s My Life”, “Born To Be My Baby”…

DAVE MATTHEWS BAND




O multi-premiado grupo norte-americano chega pela primeira vez ao festival, trazendo sua sonoridade diversa que mescla diversos ritmos diferentes e faz a alegria tanto de quem gosta de um som mais comercial quanto dos fãs de um instrumental pra lá de bem executado – competência é o que não falta ao time. O set deve apresentar canções dos trabalhos mais recentes, em especial de “Come Tomorrow”, lançado no ano passado, e, claro, as mais famosas como “Crash Into Me”, “Satellite” e “The Space Between”, e ainda algumas covers como “Sledgehammer” de Peter Gabriel e “All Along The Watchtower”, de Bob Dylan.

GOO GOO DOLLS




Outro grupo que estreia no Rock In Rio, os norte-americanos ficaram famosos mundialmente com a música “Iris”, tema do filme “Cidade dos Anjos”, estrelado por Nicolas Cage e Meg Ryan. Porém quem conhece apenas a balada romântica talvez se surpreenda com a pegada do grupo, que mescla um pop rock com pitadas de punk e hard rock. Além da faixa já citada acima, podemos esperar outros sucessos como “Slide”, “Name” e “Sympathy”.

Ah sim... a abertura da noite fica por conta de Ivete Sangalo... e no palco Sunset a atração principal é a britânica Jessie J...

Baseadas em fatos reais: músicas inspiradas por acontecimentos reais


Quem é que nunca se espantou ao saber que algumas de suas músicas favoritas foram inspiradas em acontecimentos reais, e não um simples fruto da criatividade de seus autores? Abaixo listaremos algumas (sim algumas, pois são inúmeras) canções que se enquadram nesta situação:






Beatles – A Day In The Life

Os Beatles escreveram diversas letras inspiradas em acontecimentos reais ao longo de sua discografia, principalmente em seus últimos álbuns. “A Day In The Life” é inspirada em algumas notícias lidas por John Lennon no jornal, como um acidente de carro, o lançamento de seu filme “How I Won The War”, a estrada esburacada de Blackburn, devidamente complementada por Paul McCartney e sua lembrança de quando era mais jovem, antes da fama, quando acordava apressado e atrasado, penteava os cabelos e fumava um cigarro. Outras que podemos pegar como exemplo são “The Ballad Of John and Yoko”, que narra o recente casamento, lua de mel e o protesto pacífico na cama do casal, “She’s Leaving Home”, inspirada na notícia do desaparecimento da garota Melanie Coe, que havia fugido de casa, “Hey Jude”, escrita por McCartney para Julian Lennon, triste com o divórcio dos pais, além de “Sexy Sadie”, onde John narra a frustração após ter testemunhado o guru Maharishi ter assediado a atriz Mia Farrow durante o retiro espiritual que o grupo fez na Índia, e diversas outras...


Queen – Death On Two Legs

O momento de fúria de Freddie Mercury, que se revoltou com o contrato abusivo que prendia a banda aos seus antigos empresários, foi tema de uma matéria completa neste blog, que você pode conferir neste link.



Deep Purple – Smoke On The Water

Essa é mais do que batida e todo mundo sabe de cor a história, narrada detalhadamente na letra: o Purple gravava um álbum (Machine Head) em Montreux, na Suíça, com o estúdio móvel dos Rolling Stones e quando foi assistir ao show de Frank Zappa no tradicional festival de música da cidade, algum maluco soltou um sinalizador que literalmente incendiou o local. “Jamais sonhava que uma música que falava sobre um fato isolado de nossa história tomaria tamanha proporção”, disse o baixista Roger Glover em entrevista anos atrás.



Kiss – Detroit Rock City

Embora Paul Stanley tenha homenageado a cidade onde foi gravado “Alive!”, o álbum responsável por elevar o Kiss ao patamar de grande banda, a letra foi inspirada em um acidente real acontecido com um fã da banda que teria ido assistir a um show do grupo “talvez em Charlotte, não me lembro bem”, diz ele. Tanto que a gravação original da música no álbum “Destroyer” tem a introdução e o final com os efeitos sonoros que nos ambientam no acidente.



Iron Maiden – Empire Of The Clouds

O Maiden é uma banda campeã quanto músicas baseadas em fatos históricos e reais. Desde as clássicas “Powerslave”, falando do Egito Antigo, “Alexander The Great”, sobre Alexandre, o Grande, diversas canções sobre guerra (“Aces High”, “The Trooper”, “Paschendale”), até o mais recente trabalho de estúdio do grupo, “Book Of Souls”: a faixa título tem como tema a civilização Maia, “Death Of Glory” fala da Primeira Guerra Mundial, “Tears of a Clown” inspirada na morte do ator Robin Williams, e, por fim, a épica “Empire Of The Clouds”, que em seus 18 minutos conta a história do dirigível R101, um projeto ambicioso britânico que visava ser um transporte aéreo de luxo para fazer viagens de longa distância entre os países do império britânico, mas que caiu em sua viagem inaugural quando sobrevoava Paris, matando 48 dos 54 ocupantes, inclusive o ministro Christopher Thomson, responsável por iniciar o projeto, além de diversos outros envolvidos na criação do dirigível.



Saxon – Dallas 1 PM

A canção “Dallas 1 PM” é inspirada no assassinato do presidente norte-americano John Kennedy, baleado na cidade do título. Aliás, a canção foi lançada no álbum “Strong Arm Of The Law”, de 1980, cuja faixa de mesmo nome também é inspirada num acontecimento real, só que com a banda: segundo o ex-guitarrista Graham Oliver, a banda teria sido perseguida pelos seguranças da então primeira ministra Margareth Thatcher quando dirigia pela rua Whitehall (centro administrativo do Reino Unido, em Londres).



Pearl Jam – Jeremy

Inspirada no suicídio de Jeremy Wade Delle, que atirou na própria cabeça durante a aula de Inglês em um colégio de Richardson, no Texas, em janeiro de 1991 (ano de lançamento do álbum “Ten”, que trazia a faixa). Um garoto descrito como “quieto e triste” pelos colegas foi advertido por ter chegado atrasado na aula e ao invés de se dirigir à diretoria, foi ao seu armário, pegou um revólver que ali escondia e retornou à sala. Após dizer suas últimas palavras (“Senhora, eu peguei o que realmente fui buscar”), Jeremy colocou o cano do revólver na boca e disparou. O vocalista Eddie Vedder se sentiu compelido a escrever sobre o fato perturbador, quando viu uma notícia minúscula no jornal sobre o fato e a pouca importância dada a algo tão trágico. “Alive”, outra canção clássica do mesmo álbum, também tem uma parte real: a música conta a história de um adolescente cuja mãe lhe revela que o homem que ele achava que era seu pai na verdade é seu padrasto, e seu pai verdadeiro estava morto.



Boomtown Rats – I Don’t Like Mondays

O britânico Bob Geldof hoje é mais lembrado por ser o mentor dos festivais “Live Aid” e “Live 8”, e por ter interpretado o papel principal no filme “Pink Floyd – The Wall”. Mas há 40 anos atrás, sua banda Boomtown Rats conseguiu um grande hit internacionalmente com uma canção inspirada por outra tragédia envolvendo adolescentes. A inspiração surgiu da história de Brenda Ann Spencer, uma jovem de 16 anos de San Diego, na Califórnia, que no dia 29 de janeiro de 1979 chegou atirando em um playground da escola Grover Cleveland Elementary, matando dois adultos e ferindo oito crianças e um policial. Após ser detida sua única explicação foi “Eu não gosto de segundas-feiras. Isso anima o dia”. O Bon Jovi lançou uma versão ao vivo gravada no estádio de Wembley em 1995, no CD bônus da edição especial de “These Days”, com participação do próprio Geldof.



Jon Bon Jovi – August 7, 4:15

Embora o Bon Jovi não seja muito associado a temas mais soturnos, o vocalista Jon fez em seu álbum solo “Destination Anywhere” esta canção inspirada no assassinato da pequena Katherine Korzilius, então com apenas 6 anos de idade. Ela era filha do empresário da banda na época e havia desaparecido após a mãe deixá-la buscar a correspondência da família. Seu corpo foi encontrado em uma rua, com o dedo quebrado, fratura no crânio, além de múltiplas lesões e cortes. O caso até hoje não foi solucionado.



The Police – Don’t Stand So Close To Me

A canção que rendeu um Grammy ao trio foi composta por Sting numa mistura de ideias de seus tempos de professor com o romance “Lolita”, da Vladimir Nabokov. Sting chegou a trabalhar como professor antes de se firmar como músico profissional e relata que conviveu com diversos olhares lascivos de suas alunas adolescentes, mas nunca chegou a se envolver com nenhuma delas, ao contrário do professor da música.



U2 – Sunday Bloody Sunday

Outra canção que todos sabem relatar um fato histórico e verídico: “domingo sangrento” é como passou a ser chamado o dia 30 de janeiro de 1972 na Irlanda do Norte, pois nesta data tropas britânicas atiraram contra 28 civis durante um protesto contra o aprisionamento de 342 pessoas que supostamente eram envolvidas com o IRA (exército republicano irlandês) e seus atos violentos. Alguns dos civis baleados estavam apenas ajudando os feridos. Houve ainda relatos de pessoas atropeladas por veículos militares. “Esta canção não é de protesto, não é rebelde” costumava anunciar Bono durante as apresentações ao vivo, realçando seu conteúdo antiviolência.



Peter Gabriel – Biko

O ex-vocalista do Genesis lançou esta canção anti-apartheid em 1980, onde canta sobre Steve Biko, ativista sul africano que lutava contra o regime de segregação racial que imperava em seu país. Atuou firmemente durante as décadas de 1960 e 1970, publicando diversos artigos sob o pseudônimo de Frank Talk (“conversa franca”, se traduzirmos literalmente). Uma curiosidade: seu antigo companheiro de banda Phil Collins participa das percussões da faixa.



Rush – Manhattan Project

Projeto Manhattan era o nome do projeto responsável pela criação da primeira bomba atômica utilizada durante a Segunda Guerra Mundial. Neil Peart afirma ter lido uma pilha de livros sobre o assunto que acabaram rendendo uma letra dividida em quatro versos principais: um período durante a guerra; um homem, representando os cientistas envolvidos no projeto; um lugar, Los Alamos, onde os cientistas desenvolveram o trabalho; um homem, o piloto do bombardeiro que soltou a bomba em Hiroshima. A canção está no álbum “Power Windows”, de 1985.



Eric Clapton – Circus 

Todo mundo conhece “Tears In Heaven”, que o deus da guitarra escreveu em homenagem ao seu filho Connor, que faleceu em 1991 aos quatro anos de idade ao cair da janela de um hotel em Nova York. Mas nem todos se lembram desta bela e triste canção, escrita por ele como tributo ao filho, em referência à última noite que passaram juntos, quando foram a um circo e o garoto se divertiu muito, especialmente com um palhaço que segurava uma faca, mencionado na letra. Existem duas versões diferentes, uma no seu acústico MTV e outra no álbum “Pilgrim”, de 1998.



Nirvana – Polly

Composta por Kurt anos antes de ser gravada em 1991 no clássico “Nevermind”, é inspirada no caso ocorrido em agosto de 1987 na cidade de Tacoma, Washington, onde uma jovem de 14 anos foi seqüestrada ao sair de um show de rock, estuprada e torturada. A jovem conseguiu escapar do caminhão de seu torturador em um posto de gasolina e chamar atenção e pedir ajuda para as pessoas ali presentes.



Don McLean – American Pie

Embora cite claramente o “dia em que a música morreu” (como ficou conhecido o dia 5 de fevereiro de 1959, o dia em que os cantores Buddy Holly, Richie Valens e The Big Bopper morreram em um acidente aéreo), a letra enigmática do restante da canção dá margem a muitas interpretações. McLean a cada entrevista responde algo diferente, mas de modo geral diz que tem a ver com sua jornada de autoconhecimento e uma viagem ao passado recontando poeticamente a América (leia-se “Estados Unidos”) onde viveu e cresceu.




Weezer – Say It Ain’t So

Basicamente uma música sobre o trauma causado como alcoolismo a partir dos olhos de um filho. Foi o que Rivers Cuomo vivenciou, quando viu o casamento de seus pais se desfazer e posteriormente o segundo casamento de sua mãe estar seguindo para o mesmo caminho, por seu padrasto também ser alcoólatra. Cuomo utiliza na letra nomes e situações reais que viveu, inclusive sobre o pai ter “encontrado Jesus” (seu pai havia se tornado pastor e abandonado o vício), com quem ainda tinha uma relação conturbada na época.



Alice Cooper – I Never Cry

Alice canta aqui também sobre o alcoolismo e sobre como isso estava o destruindo e acabando com sua vida pessoal. Cerca de um ano depois de lançada a música, Alice se internou em um reabilitação para tratar do problema, e em “How You Gonna See Me Now” ele voltaria a falar do tema em uma espécie de pedido de desculpas, numa bela canção escrita junto ao eterno colaborador de Elton John, Bernie Taupin. 



Pink Floyd – The Wall

Falar em experiências reais e traumas de infância é falar de “The Wall”, do Pink Floyd. E aqui não falamos de apenas uma música, mas um álbum inteiro com diversas referências à vida pessoal de Roger Waters (que ainda ganharia uma espécie de continuação no álbum seguinte da banda, “The Final Cut”). Temos o pai falecido na guerra (“Another Brick In The Wall, pt. 1”), a escola e os professores opressores (“The Happiest Days Of Our Lives” e “Another Brick In The Wall, pt. 2”), a mãe superprotetora (“Mother”), e por aí vai... Só lembrando que a ideia do conceito do álbum (um artista que vai se isolando do mundo, construindo um muro ao seu redor) surgiu após um incidente na turnê anterior do Floyd, quando Roger Waters em um ataque de fúria contra um fã em um show cuspiu na cara deste, dizendo logo após que deveriam construir um muro em frente ao palco para poderem tocar em paz... mas isso será história para outro texto sobre os 40 anos deste clássico (spoiler!)...


Doctor Recomenda: “Hired Gun” – Documentário sobre músicos contratados... e que músicos!




A partir de hoje, intercalando com as matérias e resenhas que você costuma ler, estreamos o “Doctor Robert Recomenda”, onde vamos dar sugestões de artistas não tão conhecidos, filmes, livros, canais de YouTube, sites... o que for bacana e for interessante neste universo do rock and roll...

Iniciamos sugerindo “Hired Gun”, documentário disponível na Netflix, que trata de um tema muito interessante: músicos contratados que tocam com artistas famosíssimos e muitas vezes acabam como anônimos. E não são quaisquer músicos, são artistas extraordinários!



Os depoimentos variam desde nomes mais conhecidos como Steve Vai, Rudy Sarzo, Steve Lukather, Neal Schon, Jason Newsted, Eric Singer, passando por Brad Gillis, Kenny Aronoff, Nita Strauss, Glen Sobel, Phil X, Derek St. Holmes, John 5, Jason Hook, Liberty Devitto... ou seja, nomes que já gravaram ou tocaram com gente do porte de Alice Cooper, Whitesnake, Ozzy Osbourne, Metallica, Kiss, Santana, Michael Jackson, Bon Jovi, Ted Nugent, Rob Zombie, David Lee Roth, Billy Joel... e por aí vai... Aliás, Alice e Rob também participam dando entrevistas...

Vários momentos marcantes são destaques, como Steve Lukather do Toto dizendo sobre como desdenhava de “Beat It”, de Michael Jackson, ou Rudy Sarzo relembrando a morte trágica de Randy Rhoads quando excursionava com Ozzy. Sem falar num tal de Ray Parker Jr., vocês conhecem? Músico de estúdio requisitadíssimo, o guitarrista e compositor trabalhou com muita gente do alto escalão musical, como Stevie Wonder, Aretha Franklin, The Carpenters e meio que por acaso, em 1984, compôs (e cantou) uma música que o catapultou ao topo das paradas: o tema do filme “Os Caça-Fantasmas”! Todas essas histórias, claro, costuradas com várias jam sessions de alguns dos músicos...

Interessantíssimo! Não deixe de conferir!



Os 50 anos da bíblia "Deep Purple In Rock"

Embora só tenha conhecido de fato o sucesso em 1970, o Deep Purple já tinha uma boa história pra contar. Formado em 1966, o quinteto tra...