Michael Kamen, o maestro Rock and Roll

“Comfortably Numb” do Pink Floyd, “Who Wants To Live Forever” do Queen, “Silent Lucidity” do Queensrÿche, “(Everything I Do) I Do It For You” de Bryan Adams, “I Don’t Want To Miss A Thing” do Aerosmith… o que estas músicas todas têm em comum? Conhecidíssimas, de muito sucesso e todas com belos arranjos orquestrados. E é aí que entra a figura importantíssima de Michael Kamen, o maestro que abordamos nesta matéria.




Nascido em 15 de abril de 1948 em Nova York, Michael Arnold Kamen foi aluno da Escola de Música e Artes de sua cidade natal, e no final da década de 1960 formou o grupo New York Rock & Roll Ensemble, que mesclava música erudita com rock. Trabalhou com algumas apresentações de balé no teatro até que começou a chamar a atenção dos estúdios de Hollywood, sendo contratado para compor algumas trilhas sonoras (“Conspiração Árabe”, com Sean Connery, foi seu primeiro trabalho). Ao longo dos anos fez música para diversos filmes muito conhecidos do público, como “Máquina Mortífera”, “Highlander”, “Duro de Matar”, “X-Men” e “Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões”.




Suas parcerias de sucesso no mundo do rock começaram em 1979, quando o Pink Floyd o chamou para cuidar das partes orquestradas de “The Wall”. A combinação deu tão certo que o maestro foi responsável pela trilha sonora do filme inspirado no álbum, e continuou trabalhando tanto com o grupo quanto com Roger Waters (na versão de “The Wall” ao vivo em Berlim, em 1990). Além disso, o produtor James Guthrie viria a produzir em 1984 o primeiro álbum do Queensrÿche (“The Warning”) e convidaria Kamen para cuidar das orquestrações do álbum – outra parceria que deu tão certo que se estendeu por vários trabalhos do grupo, inclusive no clássico “Operation: Mindcrime”.

Talvez você se lembre também dele no vídeo de “November Rain”, do Guns N’ Roses, embora ele não tenha gravado oficialmente como grupo (as orquestrações ouvidas ali são na verdade sintetizadas). Mas o maestro participou de uma versão ao vivo da música apresentada no MTV no Vídeo Music Awards em 1992, com a participação especial de Elton John. Aliás, foi nesta mesma premiação que Kamen colaborou pela primeira vez com o Aerosmith, na épica versão orquestrada do clássico “Dream On”, em 1990 – a parceria se repetiria em “I Don’t Want To Miss A Thing”, gravada para a trilha sonora do filme “Armageddon”.




Bryan Adams foi outro que colheu frutos de muito sucesso trabalhando com Kamen. Adams, o produtor Mutt Lange e ele escreveram juntos “(Everything I Do) I Do It For You”, que fez um sucesso avassalador ao redor do mundo e foi tema do filme “Robin Hood”. E a colaboração que se repetiu em “Have You Ever Really Loved a Woman?” (do filme “Don Juan de Marco”) e “All For Love” (do filme “Os Três Mosqueteiros”), sendo que nesta última Adams dividiu os microfones com Rod Stewart e Sting. O ex-The Police, aliás, já havia trabalhado com o maestro em “It’s Probably Me” (tema do filme “Máquina Mortífera 3”), com participação de Eric Clapton na guitarra, que por sua vez também contou com os préstimos de Kamen em seu lendário show “24 Nights” e com quem compôs a trilha sonora da série televisiva “Edge Of Darkness”, em 1985. Outra obra inesquecível que contou com sua grande participação foi “S&M” do Metallica, o famoso álbum gravado com orquestra – o grupo já o conhecia desde os tempos do Black Album, onde Kamen foi o responsável pelo arranjo de cordas ali presente.




Por fim, apenas por alto, citamos mais algumas contribuições de Michael Kamen para o universo roqueiro, onde foi o responsável pelas orquestrações: “Who Wants To Live Forever”, do Queen; “Nobody’s Hero”, do Rush; “Always”, do Bon Jovi; “Warchild”, do Cranberries, além de diversas músicas na trilha sonora de “O Último Grande Herói”, (como “Two Steps Behind”, do Def Leppard, “Real World”, do Queensrÿche e “Jack The Ripper”, junto a Buckethead e a Los Angeles Rock and Roll Ensemble). Participou também do álbum “Wildflowers” de Tom Petty e do “Concert For George”, tributo a George Harrison com Paul McCartney, Eric Clapton e outros convidados, além do DVD acústico "In Concert" de David Gilmour.




Diante de tudo isso, podemos dizer que Kamen contribuiu diretamente para o fenômeno dos “álbuns ao vivo com orquestra” que tomaram o mundo do rock nas décadas de 1990 e 2000. Ele faleceu em 2003, vítima de uma parada cardíaca, aos 55 anos de idade. Ele já vinha também lutando contra a Esclerose Múltipla, diagnosticada seis anos antes. David Gilmour dedicou seu álbum solo “On An Island” de 2006 à sua memória.

Na playlist abaixo você pode conferir alguns dos trabalhos de Michael Kamen que ficaram na memória do público roqueiro...



10 cinebiografias que você precisa conferir




Não duvide: as cinebiografias de músicos (em especial do rock) chegaram para ficar, e têm tudo para virar um filão extremamente rentável nos cinemas, a exemplo do que ocorreu com os filmes de heróis. O gênero custou um pouco a ser descoberto pelas grandes produtoras, haja vista que a cultura nerd anda dominando o cinema, mas depois do sucesso nas bilheterias de “Bohemian Rhapsody”, o premiado filme biografia do Queen, e do alvoroço causado por “The Dirt”, filme da Netflix que traz a história do Mötley Crüe, já aguardamos ansiosamente os próximos lançamentos: já teremos bem em breve “Rocket Man”, que trará a história de Elton John, assim como já há projetos iniciados sobre Elvis Presley, Sex Pistols e David Bowie (este, até onde foi divulgado, sem a autorização da família do saudoso Camaleão). E enquanto eles não chegam, que tal revermos 10 filmes do gênero que antecederam este momento? Vamos lá?

SID & NANCY – O AMOR MATA (Sid & Nancy, 1986) – SID VICIOUS




O filme de Alex Cox retrata a trajetória de Sid Vicious, baixista da banda punk (interpretado pelo sempre fantástico Gary Oldman), e seu envolvimento com a namorada Nancy Spungen (Chloe Webb). O vício de ambos em heroína e seu relacionamento intenso levaram Sid a ser o principal suspeito da morte da namorada, que o levaria à prisão. Após pagar fiança, Sid morre pouco tempo depois de overdose, aos 21 anos.

LA BAMBA (La Bamba, 1987) – Richie Valens




Richie Valens foi um dos três cantores que morreram no acidente aéreo em 1957 (junto a Buddy Holly e The Big Bopper), fato que levou aquele dia 3 de fevereiro ficar conhecido como “o dia em que a música morreu”. Valens (interpretado por Lou Diamond Phillips) tinha apenas 17 anos, e o filme mostra como sua ascensão meteórica ocorreu, graças a uma canção que compôs para uma colega de colégio por quem se apaixonou (“Donna”) e à regravação de uma canção típica mexicana, que dá nome ao filme. Mostra também sua origem humilde, seus problemas familiares, e o preconceito sofrido que lhe impediu de namorar oficialmente Donna Ludwig.

A FERA DO ROCK (Great Balls Of Fire, 1989) – JERRY LEE LEWIS




A biografia de um dos pioneiros do rock foi dirigida por Jim McBride e trouxe um caricato Dennis Quaid no papel de Jerry Lee Lewis. Sua interpretação exagerada porém não chega a atrapalhar o filme, que acompanha sua escalada ao sucesso, seu problema com a bebida, a relação tumultuada com o primo Jimmy Swaggart (Alec Baldwin), que viria a ser um dos mais famosos pregadores televisivos dos EUA, e o controverso casamento com a prima de 13 anos (interpretada por Winona Ryder), que acabou lhe custando todo o sucesso obtido, após passar a ser execrado pelo público e taxado de pedófilo.

THE DOORS (The Doors, 1991)




Talvez um dos melhores filmes biográficos já feitos (não só musicais, mas em geral). Fruto da direção do grande Oliver Stone e da interpretação magnífica de Val Kilmer (que chegou efetivamente a cantar em várias cenas, e não apenas dublar). Como o título demonstra, conta a história da banda, principalmente da figura pra lá de controversa de Jim Morrison, os bastidores do sucesso do grupo, o relacionamento de Jim com Pamela Courson (Meg Ryan), seus escândalos e a morte do cantor, em 1971. Se desta lista você puder escolher apenas um, esse é o filme!

BACKBEAT – OS CINCO RAPAZES DE LIVERPOOL (Backbeat, 1994) – STUART SUTCLIFFE




Sim, o filme é sobre os Beatles. Mais especificamente sobre a fase antes da fama dos Beatles, quando decolaram sua carreira em Hamburgo, na Alemanha, virando uma banda favorita local. Mas não é propriamente uma biografia dos Beatles. O filme foca essencialmente em Stuart Sutcliffe (Stephen Dorff), ex-baixista do grupo (na época Paul McCartney tocava guitarra), sua relação com o grupo, seu envolvimento com a fotógrafa alemã Astrid Kirchherr (Sheryl Lee) e seu dilema entre permanecer no grupo ou se dedicar à pintura, sua real paixão. Belíssimo filme, com uma ótima trilha sonora, onde as canções tocadas pelos Beatles foram recriadas por um time que reúne Dave Pirner (Soul Asylum), Dave Grohl (Foo Fighters, Nirvana), Mike Mills (R.E.M.), entre outros...

HYSTERIA – A HISTÓRIA DO DEF LEPPARD (Hysteria – The Def Leppard Story, 2001)




O filme produzido pelo canal de TV norte americano VH1 padece um pouco de recursos (não teve um orçamento milionário como as produções cinematográficas) e também deixa a desejar um pouco nas atuações do elenco, mas de um modo geral conta muito bem a trajetória do Def Leppard desde seu início até o auge do sucesso, com o lançamento do álbum que dá nome ao filme. Aborda a ascensão meteórica do grupo, a demissão do guitarrista Pete Willis e sua substituição por Phil Collen (interpretado por Esteban Powell), a situação delicada do acidente que amputou o braço do baterista Rick Allen (Tat Whalley), a luta do guitarrista Steve Clark (Karl Geary) contra o alcoolismo... Vale a pena conferir!

CAZUZA – O TEMPO NÃO PARA (2004)




“Cazuza” é um bom filme, mas irregular: recria com muitos detalhes as cenas ao vivo do Barão Vermelho e da carreira solo do cantor, traz uma atuação magistral de Daniel de Oliveira e do elenco todo de forma geral, mas parece que falta um pouco mais de substância pra virar um filmão. De qualquer forma, merece ser conferido sem dúvidas... E vale lembrar que Daniel também cantou de verdade em várias cenas do filme...

O GAROTO DE LIVERPOOL (Nowhere Boy, 2009) – JOHN LENNON




Mais um filme dos Beatles? Sim... e não... Na verdade, “Nowhere Boy” foca na história de John Lennon (Aaron Johnson), mais precisamente em sua juventude, antes da fama. Na sua traumática história de separação dos pais ainda pequeno, sua criação pela rigorosa tia Mimi (Kristin Scott Thomas, sempre brilhante), a retomada do relacionamento com a mãe Julia (Anne-Marie Duff) e o envolvimento de John com a música, o encontro com Paul McCartney (Thomas Sangster) e George Harrison (Sam Bell) e a formação do grupo The Quarrymen, que viria a se tornar os Beatles. Obrigatório para os fãs e uma ótima pedida também para quem não se liga tanto na história dos Fab Four.

SOMOS TÃO JOVENS (2013) – RENATO RUSSO




Renato Russo tem contada aqui sua história contada antes do sucesso da Legião Urbana. Narra desde a sua mudança do Rio de Janeiro para Brasília em 1973, seu problema grave de saúde (epifisiólise, uma rara doença óssea) que o deixou confinado por um bom tempo, o que o levou a escrever poesias e se envolver profundamente com a música, até a formação das bandas Aborto Elétrico e a Legião. Fez sucesso nas bilheterias, mas ficou um pouco aquém do retorno esperado pela produção, haja vista tratar da história de um dos maiores ícones do rock nacional.

THE RUNAWAYS – AS GAROTAS DO ROCK (The Runaways, 2014)




O longa de Floria Sigismondi (uma das mais requisitadas diretoras de video clipes) recria muito bem a história da primeira grande banda de sucesso totalmente feminina no rock, as Runaways, fruto de uma ideia concebida pela guitarrista Joan Jett (Kristen Stewart, da saga “Crepúsculo”), ideia esta que foi “comprada” pelo controverso produtor e compositor Kim Fowley, que a apresenta à baterista Sandy West (Stella Maeve). Paralela à formação do grupo, é apresentada brevemente a história da vocalista Cherie Currie (Dakota Fanning), até sua entrada no grupo. O filme passa brevemente por todos os momentos chaves da rápida e intensa história do grupo, que durou pouco mais de três anos, e termina com Joan se lançando em sua bem sucedida carreira solo. Programão!


Doctor Robert Recomenda: The Struts

"Nós acreditamos em dar o nosso máximo absoluto todas as noites porque os fãs merecem. Nosso objetivo é fazer todo mundo dançar e gritar, e ter certeza de que todos irão embora pingando suor e com um grande sorriso no rosto". Essa é a definição do vocalista Luke Spiller sobre o que é um show do The Struts. E se você parar (ou melhor, conseguir ficar parado) para ouvir o som do grupo, a sensação é justamente essa: diversão!




Formada na Inglaterra em 2009, a formação do The Struts consiste em Luke Spiller no vocal, Adam Slack na guitarra, Jed Elliott no baixo e Gethin Davies na bateria. O caldeirão de influências do grupo vai desde Queen, Def Leppard, Rolling Stones, Aerosmith até The Darkness, Oasis, The Killers, The Smiths e My Chemichal Romance. E a sua sonoridade? Imagine que alguém entrasse em uma cápsula do tempo e viajasse para os anos 1970, trouxesse uma banda do auge do Glam Rock inglês, e injetasse um pouco de modernidade no seu som...



Os primeiros trabalhos em estúdio vieram apenas em 2014. Primeiramente um E.P., "Kiss This", e depois um álbum, "Everybody Wants". A repercussão foi extremamente positiva, tanto na Inglaterra quanto nos EUA, fato que os levaram a ser banda de abertura para grandes figurões como The Who, Rolling Stones e Guns N' Roses. Por fim, para o Mötley Crüe, que os escolheram pessoalmente para os acompanharem em sua  turnê de despedida.





2018 viu o lançamento do álbum "Young and Dangerous" e o grupo embarcando em uma turnê com o Foo Fighters (Dave Grohl, aliás, disse que foi a melhor banda que já abriu um show deles), e posteriormente em sua própria  tour como headliners. E neste ano chegam ao Brasil pela primeira vez, para um show hoje no Lollapalooza. A expectativa é que cumpram exatamente o que diz o vocalista sobre o show: diversão até o último acorde!

Se você ainda não conhece, não deixe de conferir uma das bandas mais legais que já surgiram nos últimos anos...


Rock In Rio 2019 – O que esperar? (parte 3)




Dando continuidade à nossa análise dos shows já confirmados para o Rock In Rio, seguimos agora com as atrações dos dias 03 e 06 de outubro, também dedicados (ao menos em parte) ao rock.

Dia 03/10
 

RED HOT CHILI PEPPERS




Muita gente reclamou que não aguenta mais o quarteto californiano no festival, mas muita gente se esquece de que os Chili Peppers ainda conseguem arrastar multidões para os seus shows – e o retorno comercial é o fator mais esperado pelos realizadores de grandes eventos. Polêmicas à parte, os shows do grupo não costumam ter um setlist fixo, então o que podemos esperar é que seja apresentado algo dos últimos trabalhos (o mais recente, “The Getaway”, é de 2016) mesclado com hits (“Dani California”, “Can’t Stop”) e clássicos obrigatórios (“Give It Away”, “Under The Bridge”, “Californication”). O bacana é que sempre tem pintado alguma coisa de “One Hot Minute”, o único álbum gravado com Dave Navarro nas guitarras.

PANIC! AT THE DISCO




Outra atração inédita no festival, o grupo de Las Vegas traz ao Rock In Rio sua mistura de rock alternativo, pop e eletrônico em meio à turnê de “Pray For The Wicked”, seu mais novo disco, lançado ano passado. Por isso, o esperado é que toquem bastante material novo, como “(Fuck A) Silver Lining”, que tem aberto as apresentações nesta tour,  “Say Amen (Saturday Night)”, “Hey Look Ma, I Made It” e “High Hopes”, revezando com os maiores sucessos como “I Write Sins Not Tragedies” e “Emperors New Clothes”.

NILE RODGERS & CHIC




O lendário guitarrista e produtor Nile Rodgers deve colocar a plateia pra dançar ao som dos clássicos disco de seu Chic. Pode esperar por “Le Freak”, “Everybody Dance”, “Good Times” e, ainda, uma homenagem a David Bowie com “Let’s Dance”, faixa título do álbum do Camaleão que foi co-produzido por ele.

CAPITAL INICIAL




O Capital é o tipo de banda que muitos torcem o nariz por ser “arroz de festa”, mas que tem hits e energia suficientes pra agitar qualquer plateia, não tenha dúvida. Com o tempo reduzido, pode ser que surja alguma canção mais recente para divulgar o último trabalho (“Sonora”, lançado ano passado). Mas com certeza o set deve privilegiar suas músicas mais conhecidas. Alguém duvida que vai rolar “Música Urbana”, “Independência”, “Primeiros Erros” (regravação de Kiko Zambianchi), “À Sua Maneira” (regravação do Soda Stereo) ou “Natasha”?


Dia 06/10


 MUSE




O Muse definitivamente tem um dos shows mais espetaculares da atualidade. Seja pela impressionante estrutura de palco, maior a cada turnê, seja pela energia que o trio despeja quando está no palco. Basta lembrar que sua apresentação no mesmo Rock In Rio em 2013 foi festejada por muitos como a melhor performance daquela edição. Se a sonoridade do último álbum “Simulation Theory” (2018) pende mais para o pop eletrônico e tenha desapontado os fãs mais antigos, não há dúvidas que a expectativa pela apresentação seja grande, pois em meio às músicas novas não devem faltar “Knights Of Cydonia”, “Starlight”, “Plug In Baby”, “Time Is Running Out”, “Hysteria”... Resta apenas saber o quanto do aparato tecnológico deve vir para o Brasil, tendo em vista que o palco do festival não deve comportar ou ser adaptado para tudo o que a banda tem apresentado lá fora...

IMAGINE DRAGONS




O pop rock multi-premiado do Imagine Dragons a essa altura já é um velho conhecido do público brasileiro, principalmente entre os mais jovens, mas a banda nunca tocou no festival. Portanto o público mais conservador não precisa se assustar ao ver a plateia cantando junto a plenos pulmões temas como “Believer”, “On The Top Of The World”, “Gold” ou “Whatever It Takes”... Lembrando que é outra banda que está em turnê de divulgação de um álbum novinho em folha, “Origins”, lançado no final do ano passado. Se você estiver se achando um peixe fora d’água, saiba que a fila anda...

NICKELBACK




Os canadenses da banda que muita gente “ama odiar” voltam ao Rock In Rio também depois de 6 anos (assim como o Muse, estreou no festival em 2013). Se muitos torcem o nariz, o número de quem gosta é maior ainda, e os shows do quarteto costumam ser também bastante enérgicos. O repertório deve privilegiar seus maiores hits como “Photograph”, “How You Remind Me” e “Too Bad”, dado o tempo reduzido da apresentação, mas com certeza deve rolar alguma coisa de “Feed The Machine”, último álbum lançado em 2017.

OS PARALAMAS DO SUCESSO




Ah, os Paralamas... Guerreiros do pop rock nacional! Mereciam uma posição de maior destaque no festival, dada sua história e importância no cenário musical brasileiro, mesmo que fosse no palco Sunset, mas cabe a eles mais uma vez fazer a abertura de uma noite onde eles não têm nada a ver com o restante do elenco – vale lembrar que em 1985 foi assim e os então garotos foram das poucas atrações nacionais que roubaram a cena e arrancaram aplausos do público. O set reduzido também deve dar ênfase nos maiores clássicos do trio: “Alagados”, “Meu Erro”, “Óculos”, “Selvagem”, “Uma Brasileira”...

KING CRIMSON




Falamos sobre o King Crimson em um post especial (veja neste link). E mais uma vez: que o público tenha o devido respeito com uma das maiores instituições do rock progressivo na história...

Os 50 anos da bíblia "Deep Purple In Rock"

Embora só tenha conhecido de fato o sucesso em 1970, o Deep Purple já tinha uma boa história pra contar. Formado em 1966, o quinteto tra...