“Não somos rock, não somos prog, não somos metal, não somos pop – somos tudo isso ao mesmo tempo” (Mikko Von Hertzen)
Basicamente a definição do vocalista e guitarrista do Von
Hertzen Brothers resume o som da banda: imagine colocar num caldeirão elementos
dessas sonoridades todas aí. Com os irmãos finlandeses é mais ou menos isso:
você está passeando por uma sonoridade prog, com elementos setentistas, de
repente entram guitarras pesadas e uma levada na cozinha que remete ao Foo
Fighters... Conseguiu imaginar? Melhor então não perder tempo e ouvir... Mas espera aí... Não corre pra playlist ao final do texto ainda não...
Os irmãos Mikko (vocais e guitarra), Kio (guitarra) e Jonne
(baixo) já eram conhecidos na cena finlandesa dos anos 1990, com carreiras
reconhecidas, porém completamente anônimos fora dali. Resolvem unir forças em 2001 e formam o Von
Hertzen Brotherslançando
seu primeiro álbum, “Experience”, onde eles mesmos tocam basicamente todos os
instrumentos, trazendo na bagagem uma mistura de rock clássico, progressivo,
pop, folk, punk e rock contemporâneo. Em 2006 entram o baterista Mikko Kaakkurriniemi e o
tecladista Juha Kuoppala (que ficam até 2016), e eles lançam seu segundo álbum, "Approach", que foi vencedor do prêmio Emma-gaala (equivalente finlandês ao Grammy) de “melhor álbum de rock do ano”,
Seu trabalho seguinte, “Love Remains The Same” (2008)
atingiu o primeiro lugar em vendas no país, rendendo-lhes um disco de ouro.
Isso chama a atenção da Universal Music, que assina um contrato de distribuição
internacional com os irmãos, levando seu quarto trabalho “Stars Alligned”
(2011) a ser reconhecido e apreciado em diversos países, mais notadamente no
Reino Unido, onde desde então o grupo tem se apresentado frequentemente, seja
em festivais, abrindo para outros artistas e também em shows próprios. Alguns nomes para quem o Von Hertzen
Brothers abriu: Pain Of Salvation, Opeth, Foo Fighters, Neil Young e ZZ Top. Ainda
em 2011, junto ao Rubik (outra banda da cena finlandesa), realizam o show “A
Night At The Huvila”, em homenagem aos ídolos do Queen.
2013 viu a chegada de “Nine
Lives”, mais um trabalho de sucesso em seu país natal e no Reino Unido, tendo
inclusive arrebatado o prêmio de “Melhor Álbum de Rock do Ano” pela revista
Classic Rock britânica. “New Day Rising”, de 2015, seria seu trabalho mais
elogiado e celebrado até então, tendo na faixa título uma das músicas mais
requisitadas do grupo em suas apresentações – uma de suas melhores, sem dúvida.
Por hora, o último lançamento do grupo é “War Is Over”, o primeiro com o selo Mascot Label, que tem entre outros contratados Joe Bonamassa, Black Country Communion, Black Label Society, Steve Lukather (Toto) e o supergrupo Flying Colors (de quem falaremos muito em breve). Ousado, o grupo põe para fora toda sua verve progressiva logo na faixa título e seus mais de 12 minutos de duração, num verdadeiro petardo sonoro. Já em “The Arsonist” apresenta uma pegada mais radiofônica e ao longo do disco, um pouco de tudo o que compõe este caldeirão criativo dos escandinavos.
Confira abaixo uma playlist com alguns dos melhores momentos do grupo, com direito ainda a uma bela cover de “21st Century Schizoid Man”, do King Crimson...
Nenhum comentário:
Postar um comentário